Cotas nas universidades públicas para corrigir uma exclusão social de mais de 500 anos. Sério, quem teve essa brilhante ideia?
Essa semana na UFPB houve uma reunião decisiva sobre a política de cotas do governo federal, depois de anos de discussão [e negociação, visto que para cada aluno que entra pelas cotas a universidade ganha um benefício em dinheiro] a cúpula da Universidade Federal da Paraíba resolveu adotar a política de apartheid, ops, das cotas a partir de 2011.
O Conselho da UFPB decidiu pela reserva de vagas para os estudantes que cursaram todo o ensino médio e pelo menos três séries do ensino fundamental em escolas públicas, obedecendo a seguinte escala: 25% das vagas de todos os cursos para 2011; 30% das vagas de todos os cursos para 2012; 35% das vagas de todos os cursos para 2013; 40% das vagas de todos os cursos em 2014.
No Brasil parece que em ano eleitoral tudo é válido pra conquistar uns votinhos, até diminuir o nível do alunado do ensino público superior [parece que só os ensinos médio e fundamental serem uma porcaria não é suficiente].
Vamos ter uma universidade pública mais "democrática" segundo os que apoiam a ideia, mas e no futuro como vai ser? Os diplomas vão sair com um asterisco no final "*ingresso(a) pelas cotas"? E como serão aceitos esses profissionais no mercado de trabalho? Melhor ainda, como serão aceitos esses estudantes dentro das universidades? E como eles irão acompanhar aqueles que tiveram os melhores professores e materiais a vida inteira?
Políticas imediatistas são o forte dos políticos brasileiros, plano real pra derrubar a inflação, empréstimos com o FMI pra "salvar" a economia, política de cotas para "democratizar o ensino superior público"... os resultados das políticas imediatistas nós conhecemos, mas brasileiro é aquele povo que vive de jeitinho, se esquece rápido das coisas e vende seu voto por qualquer dentadura usada...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário