quinta-feira, 22 de abril de 2010

A história de Bobby Griffith

Tenho uma relação estranha com filmes baseados em fatos reais. Não sei se tenho medo, se gosto muito... são filmes mais sérios, emocionantes e (eu realmente não queria usar essa palavra) tensos. Não foi diferente com "Prayers of Bobby".

"Prayers of Bobby" não passou nos cinemas, é um filme televisivo baseado no livro de Leroy F. Aarons, dirigido por Russell Mulcahy e estrelado por Ryan Kelley(Bobby) e Sigourney Weaver(Mary).

No começo eu achei que a história era sobre Bobby, um adolescente cristão que se descobre gay e vive um tormento com sua família, que considera a homossexualidade um grave pecado. Só depois que, no ápice da agonia, do medo de não ser amado por Deus e da rejeição da mãe, Bobby se suicidou ao pular de uma ponte e ser esmigalhado por um caminhão foi que eu percebi que a história ainda ia começar.

Após a morte do filho, atormentada pela culpa, Mary começa uma batalha para buscar provar com o mesmo meio que usou para acusar o filho, a religião e principalmente o texto bíblico, que seu filho poderia sim ser digno do amor de Deus e estar agora no Paraíso.

Sigourney Weaver está perfeita no papel, consegue fazer com que o espectador a odeie no início do filme, se apiede dela no meio e a admire no final. Tão perfeita que foi acertadíssimamente indicada ao Emmy 2009 e injustamente não ganhou o prêmio.

Recomendo o filme a todos, homofóbicos, religiosos extremistas, "galera dos direitos humanos", gays, todo mundo precisa assistir um filme como esse. Ah! e não esqueca de levar a caixa de lenços de papel, a partir da morte de Bobby é uma choradeira só.

[Link pro trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=FYJTQrPbWAo]

19 comentários:

  1. esse filme é maravilhoso!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Realmente esse filme é maravilhoso, usei ele para convencer minha família de que nom me suicidei, por que amava eles, se realmente as pessoas nascem como são, morreram como são, eu recomendo esse filme para todas as pessoas do MUNDO...
    A vida é uma sóh...
    Parabéns por publicar esse post.
    ASS: RODy (Rodrigo)

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    1. comigo aconteceu o mesmo! mas vou pedir pra meus pais assistirem esse film! acabo de assistir e amei! bjs

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  3. Esse filme é simplesmente espetacular, eu acho que todos gays deveriam ve-lo. Mtos gays se destanciam de Deus sem motivo sabe, pq Deus nos ama do jeito que nós somos. Eu sempre achei que o apoio da familia era a coisa mais importante, mas hj eu tenho certeza que o apoio de Deus é mais importante. E ele nos ama e nos aceita assim como nós somos. Esse de fato é o filme da minha vida. *-*

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  4. Oi


    desculpa, mas peguei seu texto e publiquei em meu blog...
    mas lembro que coloquei todos os créditos ao seu blog... parabéns


    falapramim.blogspot.com

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  5. Amei o filme.Uma realidade entre nós gays,eu e meu amigo nos emocionamos muito.Nem só gays mas todos devem ter um filme desse na sua casa.Parabéns a todos pelas iniciativas de fazerem da cultura do cinema um aprendizado nato! de Yohanna e Dudu

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  6. Lindo...chorei bastante com o filme...
    muita coisa mudou....Bobby que antes escreveu sua vida num diario, hj ve varios gays passando pela mesma coisa q ele passou ( algumas ate suicidando-se)...
    o q importa é q o filme lindo.... simplesmente tocantee....

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  7. Esse filme mexeu comigo,,,tb amo filmes com historias reais,,,saber que aquilo aconteceu te comove mais ainda,,e como vc disse,,aprendi a admirar Mary no final do filme,,,infelismente Bobby nao aguentou a pressao,,,mas a mae dele sofreu muito ainda, e isso se passa ate nos dias de hj...

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    1. Mary foi muito humana e forte, né? Esse filme é ótimo, trata da questão com mto respeito, tanto em relação aos homossexuais, quanto em relação aos religiosos =)

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  8. vEY, EU ACABEI DE ASSISTIR ESSE FILME E AINDA ESTOU CHORANDO,MEUS DEUS, É MTO PERFEITO, DEU UM APERTO NO PEITO DA PORRA A PARTIR DA FALTA DE ACEITAÇÃO FAMILIAR DE BOBBY, RECOMENDO A TODOS AS PESSOAS DO MUNDO A ASSISTIREM ESSE FILME E PENA QUE O LIVRO NAO GANHOU O EMMY 2009.

    PS: CONTINUOO A CHORAR:'(

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    1. É de doer o coração, né?
      Chorei muito também quando assisti!
      =*

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  9. O Filme pode ser visto nesse link. Assisti e, nossa,me emocionei! Odiei a mãe dele no início,mas no final virei fã dela e ela me fez chorar (que vaca! rsrs). Assistam, não irão se arrepender!

    http://www.youtube.com/watch?v=f2q-6049bOA

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  10. Odiei a mãe dele no começo do filme,mas o reconhecimento dela de que estava errada todas as suas teses,foi muito emocionante.
    adorei a iniciativa dela sou um admirador dela.
    ela estar de parabÉns..

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Eu não odiei a Mary na primeira metade do filme pois percebi que tudo o que ela fazia era por amor puro, embora regido por uma fé cega. Depois, na segunda metade do filme, não tive como não me apaixonar por ela de uma maneira tal que sinto vontade de me encontrar com ela uma dia e dar-lhe um forte abraço; dizendo tudo o que sua mudança, luta, humildade e amor significam para mim e muitos.

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  13. O melhor filme sobre homossexualidade que já vi.Assim como a fé.Acho q a homossexualidade é algo muito pessoal e deve ser tratada entre Deus e a pessoa.Ela é posta por religiosos como o maior pecado do mundo.Mas só pra começar a biblia diz q pecado não tem tamanho.

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  14. Creio que o amor e a misericórdia divina seja o ápice de nossa fé. É pela fé que somos justificados, e como toda fé remete ação... Somos salvos mediante nosso amor e caridade para com os necessitados. O respeito e acolhimento é o primeiro caminho para a salvação, e todos podem tirar essa conclusão pelos ensinamentos do próprio Cristo. Infelizmente com o passar dos dias, a sociedade tem se tornado juiz da moral e dos bons costumes, e tudo o que Deus quer é que nos amemos assim como ele nos amou.

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  15. Assisti com minha companheira e minha filha. O filme é bastante tenso... adoramos assistí-lo. Não tenho fé, espiritualidade, crenças ou algo tipo. Porém, acho válido todo tipo de conhecimento, principalmente quando esse conhecimento não nos cega. Nesse caso a mãe buscou se aprofundar mais dentro do meio que cresceu e aprendeu: a religião. Notou que poderia interpretar tudo que foi lhe ensinado de várias formas e que não cabia à ela punir, humilhar ou julgar ninguém, principalmente de tratando de um filho que ela rejeitou por algo simples (e excessivamente criminalizado pela sociedade) que ele não teve o poder de escolha. Homoafetividade não deveria ser esse bicho de sete cabeças, mas muitas vezes crescemos em um processo lento de desumanização e julgamento, à base do medo de pecar, do receio de ser bom e parecer idiota, de relevar ou aceitar ou procurar entender e ser julgado, de tomar atitudes diferentes e parecer errado, de escantear o conservadorismo cego e parecer um rebelde... não podemos pregar o medo, a vingança, o rancor, a rejeição e tantos outros sentimentos excessivos, que podem cegar o nosso conhecimento, aos nossos filhos. O respeito é uma boa base pra tudo. Com certeza minha filha terá uma criação com base no respeito e aberta à discussões, aberta ao ensinamento e ao aprendizado de ambos.
    Fico muito incomodado quando vejo o termo "opção sexual". Nunca foi e nunca será uma opção. Ninguém escolhe sofrer preconceito, viver muitas vezes numa prisão emocional, passar por um processo de auto rejeição por consequência de conceitos vazios e misóginos das pessoas... ninguém escolhe a incerteza de viver feliz e tranquilo ou não.

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